segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Época 2010/2011 - Liga ZON Sagres, 1ª jornada - Análise ao (Naval 0 vs 1 FC Porto)

O FC Porto estreou-se na Liga Zon Sagres 2010/2011 na figueira da foz para defrontar a Naval 1º de Maio, equipa que já está no escalão principal desde a época 2005/2006. A Naval é uma equipa (também ela com algumas mudanças em relação à temporada transacta) que viu sair Peiser (Académica), Diego Ângelo (Génova), Lazaroni (Al-Ettifaq), Baradji e Kerrouche, o que por um lado poderia trazer sempre um processo um pouco demorado até se começar novamente a construir mecanismos e a criar um novo estilo de jogo; o treinador é novo (Victor Zvunka) e isto tudo traria um pouco de desconhecimento à forma como a Naval se poderia apresentar contra o FC Porto.

No entanto, as entradas para o seu plantel de jogadores como Salin (ex-Tours), João Pedro (ex-Oliveirense), Hugo Machado (ex-Standard Sumgayit) e Previtalli (ex-Sochaux) por exemplo, vieram colmatar de alguma maneira as saídas já referidas em cima. A Naval desta época 2010/2011, com este treinador francês Victor Zvunka possui uma autêntica "legião francesa" nas suas fileiras; neste momento dispõe de 7 atletas franceses, o que se por um lado constitui uma incógnita pois os não existe um grande registo na história do futebol português de jogadores franceses a jogarem na liga portuguesa, por outro lado vê-se que existe uma tentativa específica da direcção e do próprio treinador em trazer jogadores que bem conhecem, escolhidos a dedo pelo treinador para dar qualidade a esta equipa.

Ora, quanto ao jogo de sábado, na 1ª parte o que se viu foi precisamente uma Naval muito organizada em campo, com alguma personalidade na forma como construía os lances de ataque e sem medo de encarar o FC Porto. A equipa de André Villas-Boas não conseguiu entrar no seu jogo, não criou jogadas de ataque com princípio, meio e fim, e a Naval acabou por surpreender de alguma maneira o FC Porto pela entrada que teve em campo. O FC Porto só a espaços, e de bola parada, primeiro por Belluschi num remate perigoso que Sallin defendeu com alguma dificuldade e depois por Falcao de cabeça por um livre cobrado novamente por Belluschi é que criava algum perigo.

Contudo, na 2ª parte o rumo do jogo mudou; o FC Porto entrou muito mais pressionante e acabaram por aparecer algumas individualidades. Como por exemplo o brasileiro Hulk que começou a aparecer no jogo com alguns rasgos individuais causadores sempre de algum perigo para a baliza da Naval. Ora, foi nesta altura da 2ª parte do jogo onde o FC Porto já estava a empurrar cada vez mais os figueirenses para a sua grande área que André Villas-Boas mexeu nos azuis e brancos. Fez entrar Freddy Guarin por troca com Varela (muito apagado) e mudou o seu 4-3-3 inicial para um 4-4-2. Quanto a mim, esta troca não mudou por completo a cadência do jogo como muitos possam crer, pois o FC Porto a essa altura já estava a carregar bastante sobre a equipa adversária, mas penso que mesmo assim André Villas-Boas tomou uma boa opção pois Varela estava bastante apagado e Guarin naquela altura encaixaria muito bem no jogo; pela sua pujancia física, pelo seu músculo, era um jogador que iria agitar de alguma maneira o meio-campo da Naval; e foi mesmo isso que se verificou. A partir daí o FC Porto cada vez foi mais perigoso em campo e o golo acabou por surgir com naturalidade, mas já dentro dos últimos 10 minutos de jogo.

Quanto à grande penalidade que acaba por decidir o jogo o Futebol Cerebral pensa que foi uma decisão bem tomada por Paulo Baptista.

Sem comentários:

Enviar um comentário