Zapater-haja paciÊncia
Zapater, Zapater, Zapater, Zapater. Se andou distraído e olhou agora para o Sporting, soa-lhe a craque. Pudera. Marcou quatro golos em igual número de dias, dois jogos apenas, como se não houvesse amanhã.
O Sporting agradece. O médio espanhol, envolvido no negócio Miguel Veloso, explode no momento certo para empurrar a equipa e provar que nem tudo falhou na abordagem ao mercado de transferências.
As grandes equipas constroem-se a partir de jogadores como este. Não são prodígios da técnica, não são quebra-ossos, não são carne nem peixe.
Valdés é outro bom exemplo.
São um pouco de tudo, precisando apenas de paciência e tempo para solidificar posição. Depois, com esta base, falta o resto, o talento puro e declarado.
Quando acabou o jogo na Madeira, pensou-se em Paulo Sérgio. Não esperou demasiado tempo para investir a sério em Zapater? Ou o plantel tem demasiadas soluções nesse sector? André Santos, Maniche, Pedro Mendes, gente demasiado parecida.
O futebol do Sporting, aliás, afunilou em demasia, nos Barreiros. Um médio fez-se avançado e quebrou a monotonia, depois fez o mesmo, Patrício brilhou e tudo pareceu simples. Longe disso.
A recuperação é boa, os leões sobreviveram a mais uma hecatombe declarada de véspera, mas continuam longe do patamar exigido para um grande.
O problema é estrutural, percebe-se, mas há talento na equipa para mais. Como Zapater veio demonstrar. Haja paciência para esperar.
by Vitor Hugo Alvarenga
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