quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Época 2010/2011 - Crónicas

02/12/2010

Cada jogador do Benfica recebeu um prémio pouco superior a 10 mil euros pela conquista do título da época passada. O JOGO sabe que a Direcção encarnada decidiu premiar o plantel com 600 mil euros brutos, um valor que foi distribuído em partes iguais pelos 32 futebolistas que fizeram parte do grupo na temporada 2009/10 - incluindo os que deixaram o clube a meio da campanha, como Urreta, Shaffer e Keirrison. Como resultado, cada um dos jogadores recebeu pouco menos de 20 mil euros, dos quais teve ainda de descontar cerca de 45 por cento de IRS. Contas feitas, o valor líquido recebido por cada um ficou pouco acima dos 10 mil euros.

Este prémio foi pago apenas aos futebolistas, já que os restantes funcionários que trabalham diariamente com o grupo não tiveram direito a nada. Há casos de jogadores que têm cláusulas nos respectivos contratos onde está estabelecido o pagamento de bónus em função das conquistas da equipa. Para esses, os prémios totais foram, naturalmente, mais gordos.

No entanto, quase todos os futebolistas ficaram desapontados com os valores pagos por Luís Filipe Vieira, pois têm noção da importância da conquista do campeonato para a vida do clube. O título da época passada foi o 32º da história do Benfica, mas apenas o segundo alcançado nos últimos 16 anos. Além disso, garantiu à equipa a entrada directa na fase de grupos da Liga dos Campeões, o que representou um encaixe superior a 10 milhões de euros, valor a que ainda se somam as receitas de bilheteira.

Para se ter a noção de quão baixo foi o valor pago para o que é habitual por conquistas tão importantes, basta dizer que ainda este mês Luís Filipe Vieira propôs aos jogadores um prémio global de 500 mil euros pela vitória no Estádio do Dragão, como foi noticiado por O JOGO - apenas 100 mil abaixo do que foi pago pela conquista do título 2009/10. Este prémio acabou por ficar na gaveta, já que os encarnados foram derrotados por 5-0.

Esta foi uma medida rara, pois desde 2004/05 que o clube deixou de pagar prémios de jogo. Na altura, ficou estabelecido que os jogadores só receberiam em função da conquista de objectivos, fossem troféus ou a passagem de eliminatórias europeias. Nessa temporada havia, contudo, uma diferença: é que o bolo total pela conquista do título nacional (obtido sob o comando de Giovanni Trapattoni) foi dividido em função do número de partidas de cada um no campeonato e não em partes iguais por todo o plantel.

by SÉRGIO KRITHINAS, in Jornal "O Jogo"

Sem comentários:

Enviar um comentário